domingo, 6 de janeiro de 2013

A religião e o sujeito

      O sujeito procura um sentido para a vida, atrás de significados, de meios de se comunicar com o transcendente e principalmente força para enfrentar as situações do dia-a-dia. E para se sentir confortado vai à procura do discurso religioso.
      Um discurso coercivo que utiliza de ilusões para controlar o sujeito, pois se faz presente pelo simbólico e não pelo real. Enquanto real não tem eficácia.
      O sujeito, sentindo-se desamparado se apega às idéias religiosas que constroem a figura que toma o representante dessa religião, fazendo com que o sujeito controle o sentimento de desamparo.
      Constroem um Deus que possa ser juiz daquilo que seria próprio do sujeito, colocando-o numa situação de se sentir amparado. Esse representante é convocado a apaziguar aquilo que chamamos de desamparo ou medo.
      Se o discurso religioso não criasse  essa imagem de  Deus , seria difícil   o homem construí-la, pois sua figura humana é fundamental para nos colocar dentro da cultura.
      A figura de Deus é pesada e insuportável por ser tão perfeito, pois nos coloca numa condição  de perfeição, mas nunca nos igualaremos a Deus. E mantemos esse supremo em nossa condição de culpa que a psicanálise chama de dívida paterna.
      As doutrinas religiosas estão acima da razão. A razão não pode fazer parte de que são as idéias  religiosas, porque a ilusão tem haver com a possibilidade de um desejo com relação a uma proteção.
      O que mantém a esse discurso que não nos matamos um ao outro (como seria de nossa natureza), há uma interdição de Deus (forma que a sociedade achou para se manter e não ser exterminada).
      O discurso religioso tem o papel de incluir a experiência de vida de todos e fazer com que sejam tratados com igualdade, dentro da sua experiência, do seu modo de compreender e viver a fé, a sua religiosidade. Um ambiente plurarista de crescimento em conjunto de forma que todos se complementem.
                                                                                               
                                                                                                                      Rosiane/2002

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